Poema: Olhos do Tempo, por Miller Brito
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Eles que te viram brotar
Na magia do alvorecer
Na inocência do ser.
E no teu intraduzível grito
Viram teus despertares
Tuas inseguranças
Enxergaram o tornar-se.
Eles que te acompanham
Nessas tuas metamorfoses
De um vaso de barro
Mistérios da criação.
Eles que te compreendem
Entendem o teu silêncio
Teus turbilhões de emoções.
Mero poeta que penso que sou
Invejo os olhos do tempo
Que vivem a te acompanhar.
Nas memórias da alma
Desenhei o teu sorriso
Mas tudo é tão simples
Não tenho os olhos do tempo.
* Poema publicado originalmente no blog Poeta Das Amarguras. Pode ser acessado em:
https://poetadasamarguras.blogspot.com/?m=1